quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A CRUZ


A cruz


Uma vida nunca mais seria a mesma

Na mente, a aquela cruz ao por-do-sol vermelho

no árido horizonte da grande cidade sitiada

pelas densas trevas........................

Agora as ruas continuariam estreitas,

cheias de gente peregrinando, plagiando o ato da cruz.

Os poderosos da Terra mal dormiriam

pensando nas suas posses....

Os mascates do golfo continuariam suas jornadas,

rumo as outras terras com suas mercadorias.

O mar em seus termos continuaria estourando

nas rochas da longínqua ilha.

O homem em sua busca de algo desconhecido, conheceria mais

suas injustiças, históricas e pessoais.

Mas nunca mais seria o mesmo,

aquele que conheceu o Carpinteiro de Nazaré.

Que mostrou sinais e ensinou com atos e palavras aos pequeninos da terra.

Depois de um sábado na sinagoga,

de uma noite no jardim, do caminho para Emaús,

da estrada para Damasco,

Nenhum por do sol seria o como antes,

nem o cantar de um pássaro seria igual e nem o cantar do galo.

Ao caminhar um caminho completamente novo

cujos árvores estavam sempre floridas e frutíferas,

onde o rio jorra eterno,

de pessoas brilhantes em meio a um mar revolto

pelas muitas tempestades .

Ate a grande cidade com seu brilho de néon,

lixo na calçada, seria calçada,

por um brilho especial que estaria mais nos olhos de quem vê,

do que nas construções de fisionomia congelada.

Pela qual chorou o Homem que veio até ela

exclusivamente para morrer

e posteriormente os imperadores de Roma

para matar roubar e destruir

ate que dela restasse muito sangue derramado

e a vista da Diáspora,

das cruzadas no muro das lamentações.

Ou, simplesmente: pedra sobre pedra,

sob a sombra da águia, ou a sombra do onipotente

que como a galinha queria cobrir seus filhotes.

Descansando a sua sombra,

onde jazem os pequeninos

que um dia conheceram

o seu caminho, e se prostraram ante o madeiro

lavrado pelos soldados de Roma.

Dos costumes dos bárbaros do oriente do grande império,

foi importada aquela execução hediond

na qual fui incluído para sempre.

Da cruz vazia,

do túmulo vazio.

Do grande trono ocupado

por aquEle que era, que é

e que há de vir.