sábado, 8 de agosto de 2009

Vento


O vento

O poeta, que foi dizer ao vento livre que sopra aonde quem e como quer.
O vento sopra sempre, sem se importar com a opinião dos homens.
Todos sentem, mas nem todos sabem sua origem, donde veio nem para onde foi.
Foi o poeta ver o vento levar as folhas secas e trazer refrigério para a face suada pelo calor do sol e pelo labor do dia.
Era o poeta movido pelo vento que o empurrava como às jangadas ou um veleiro por estes mares nem sempre calmos.
Era o vento o próprio sopro sopro que sustentava também o poeta que dele dependia por completo.
Vento que movia os moinhos brisa que lavava as lágrimas.
Vento que soprava no interior, interior do poeta que recebia o vento.
Que lhe trazia e lhe era a própria vida, vento. . .
Queria reviver sua onomatopéia, imitara sua voz e coloca-la em letra, para expressar o sabor do seu agir.
Vento dos quatro cantos. . . . .
Vento do norte.
Vento do Espírito. .

Isarel de Jesus

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Verbo

Verbo

Caminhar por sobre a terra e sob o sol ao sabor do grande vento milenar que atravessa o caminho.. .

Ser desafiado a atravessar este deserto inda que não haja em sim recurso humano nenhum, ao curso dos dias. . .
Sentir-se só, emaranhado de vozes que giram sem sentido, sem ser tido como ser. . .
Sustenta-se por um fio, no caminho foi, todos os dias em que não havia gosto de caminhar, apenas visar o alvo, sonho....
Sonhar ser fiel a um Ser fiel e cuja fidelidade se estende muito alem das parcas possibilidades humanas. . .
Ouvir sempre a mesma musica trazida do horizonte, da catedral áurea, chamada simplesmente de coração. . .
Ler aquela carta já manchada de lágrima, silenciosa e gritante, que falava ao tenro ser da distancia a Percorrer.
É Ser e Estar, a despeito de, dependente do mais poderoso principio regente de todo o universo no qual todas as coisas São sustentadas e sem Ele nada Existiria. .

Verbo feito gente, cheio de graça e de verdade. . . .